Muitos anseiam por transformação, mas no fundo temem essa
mudança. No entanto, o crescimento espiritual começa quando
esvaziamos nossa vida, pois esse é um processo que não começa
com a plenitude, mas sim com o vazio. Nisso seguimos o exemplo
de Jesus que “esvaziou a Si mesmo, assumindo a forma de servo e
fazendo-Se semelhante aos homens” (Filipenses 2:7).
Até mesmo Jesus teve que dar espaço para que Deus agisse em
Sua vida. Embora tivesse uma posição privilegiada, Ele abriu mão
dela. O mesmo deve acontecer conosco. Temos que nos esvaziar de
tudo. Só então conseguiremos receber as bênçãos de Deus.
Mas, afinal, o que significa esvaziar a si mesmo? Como entrar em
sintonia com essa necessidade de nos entregar a esse processo?
Vamos olhar para o exemplo de Abraão. Seu primeiro passo foi
deixar sua casa e sua parentela em resposta ao chamado de Deus.
Mas isso não envolveu apenas uma mudança de lugar. Ele teve que
abandonar tudo o que havia conhecido até então: seu porto seguro,
sua zona de conforto. Deus também espera isso de nós. Ele espera
que quebremos todas as pontes que nos ligam à nossa vida anterior,
para que possamos ingressar na nova vida que preparou para nós.
Porém, deixar para trás nossa zona de conforto pode ser uma experiência
aterrorizante. Ao deixar para trás o mundo que conhecemos,
experimentaremos dor, sofrimento e medo. Pois, envolve muito mais do
que um mero deslocamento no tempo e no espaço. Partir não é apenas
mudar de um lugar para outro. A atitude de deixar para trás, de abrir
mão de tudo aquilo que até então se conhecia é algo que se passa num
nível espiritual. É nesse nível que acontece a parte mais profunda da
jornada. Essa jornada, na verdade, é uma transição de vida que envolve
certos tipos de abandono: abrir mão de velhos hábitos e substituí-los
por novos; esvaziar a si mesmo como uma espécie de preparação para
receber toda a graça que Deus derramará sobre você.
Ao olhar para o exemplo de Abraão, para a forma como ele confiou
em Deus, nos sentimos encorajados para enfrentar essa jornada. Deus
ordenou a ele que oferecesse seu filho Isaque em sacrifício. Isaque, a
tão sonhada promessa de Deus, de repente acabou se transformando
no maior amor do patriarca. A impressão que se tem é que o amor
que ele sentia pelo filho tomou conta de todo seu coração, tomando o
lugar de seu amor a Deus. Vista dessa perspectiva, a ordem de Deus
para que ele sacrificasse o menino era, de fato, um chamado para
que Abraão voltasse seu coração novamente para Deus.
É exatamente isso que precisamos: voltar novamente e inteiramente
o nosso coração para Deus. A Bíblia chama isso de vários nomes:
consagração, retorno ao primeiro amor, quebrantamento, etc. É disso
que mais carecemos hoje em dia!
Adaptado do livro “Caminho da Transformação”
de Joshua Choonmin Kang
Bell
Projeto Benção em Ação
sábado, 23 de outubro de 2010
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