sábado, 23 de outubro de 2010

Comece Esvaziando-se a Si Mesmo‏

Muitos anseiam por transformação, mas no fundo temem essa

mudança. No entanto, o crescimento espiritual começa quando

esvaziamos nossa vida, pois esse é um processo que não começa

com a plenitude, mas sim com o vazio. Nisso seguimos o exemplo

de Jesus que “esvaziou a Si mesmo, assumindo a forma de servo e

fazendo-Se semelhante aos homens” (Filipenses 2:7).

Até mesmo Jesus teve que dar espaço para que Deus agisse em

Sua vida. Embora tivesse uma posição privilegiada, Ele abriu mão

dela. O mesmo deve acontecer conosco. Temos que nos esvaziar de

tudo. Só então conseguiremos receber as bênçãos de Deus.

Mas, afinal, o que significa esvaziar a si mesmo? Como entrar em

sintonia com essa necessidade de nos entregar a esse processo?

Vamos olhar para o exemplo de Abraão. Seu primeiro passo foi

deixar sua casa e sua parentela em resposta ao chamado de Deus.

Mas isso não envolveu apenas uma mudança de lugar. Ele teve que

abandonar tudo o que havia conhecido até então: seu porto seguro,

sua zona de conforto. Deus também espera isso de nós. Ele espera

que quebremos todas as pontes que nos ligam à nossa vida anterior,

para que possamos ingressar na nova vida que preparou para nós.

Porém, deixar para trás nossa zona de conforto pode ser uma experiência

aterrorizante. Ao deixar para trás o mundo que conhecemos,

experimentaremos dor, sofrimento e medo. Pois, envolve muito mais do

que um mero deslocamento no tempo e no espaço. Partir não é apenas

mudar de um lugar para outro. A atitude de deixar para trás, de abrir

mão de tudo aquilo que até então se conhecia é algo que se passa num

nível espiritual. É nesse nível que acontece a parte mais profunda da

jornada. Essa jornada, na verdade, é uma transição de vida que envolve

certos tipos de abandono: abrir mão de velhos hábitos e substituí-los

por novos; esvaziar a si mesmo como uma espécie de preparação para

receber toda a graça que Deus derramará sobre você.

Ao olhar para o exemplo de Abraão, para a forma como ele confiou

em Deus, nos sentimos encorajados para enfrentar essa jornada. Deus

ordenou a ele que oferecesse seu filho Isaque em sacrifício. Isaque, a

tão sonhada promessa de Deus, de repente acabou se transformando

no maior amor do patriarca. A impressão que se tem é que o amor

que ele sentia pelo filho tomou conta de todo seu coração, tomando o

lugar de seu amor a Deus. Vista dessa perspectiva, a ordem de Deus

para que ele sacrificasse o menino era, de fato, um chamado para

que Abraão voltasse seu coração novamente para Deus.

É exatamente isso que precisamos: voltar novamente e inteiramente

o nosso coração para Deus. A Bíblia chama isso de vários nomes:

consagração, retorno ao primeiro amor, quebrantamento, etc. É disso

que mais carecemos hoje em dia!

Adaptado do livro “Caminho da Transformação”

de Joshua Choonmin Kang



Bell

Projeto Benção em Ação

Nenhum comentário:

Postar um comentário