terça-feira, 24 de maio de 2011

PREPARE-SE PARA CONQUISTAR

PREPARE-SE PARA CONQUISTAR - Texto: Josué 5.2-15



E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do Senhor. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? Então disse o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.

Introdução

Quarenta anos no deserto – esse foi o tempo de caminhada de Josué na espera por este momento: o momento da conquista. Ele agora tinha como encargo conduzir o povo à terra que o Senhor prometera dar. Ele tinha de ser forte, corajoso, mas algo mais era necessário: Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido (Js 1:6–8). Ele precisava conhecer a Deus e prosseguir em conhecê-lO, conduzindo o povo a uma experiência pessoal com Ele.

Chegamos a sonhar com o momento da conquista, da vitória, sem nem mesmo compreender a amplitude disso. Não se trata de viver “um passe de mágica” em que tudo se transformará num conto de fadas. Chegar à vitória exige obediência absoluta e uma consciência real de quem é Deus. Toda teoria é morta se não for praticada.

É tempo de praticar, de viver o que o Senhor tem nos ensinado e comprometer-se em cumprir todo o Seu propósito em nós, de buscarmos o caráter de Cristo (nobre, santo, vencedor, fiel…).

Caminhar sobre os passos de Josué é aprender, como ele, a entregar-se ao Senhor. Vejamos então quais foram as primeiras posturas de Josué rumo à vitória e busquemos praticá-las também:

1. Renovação de aliança (v.1 a 11)

É preciso renovar a aliança, circuncidar-se para entrar na terra. Nos dias atuais, Deus tem buscado corações circuncidados, ou seja, que se disponham a tirar tudo aquilo que é contaminação. Hoje retirei de sobre vós o opróbrio do Egito (v. 9). Depois de quarenta anos de caminhada somente ali, o Egito finalmente foi arrancado de dentro do povo. Eles haviam saído do Egito, mas a geração anterior carregava dentro de si as obras e costumes daquele lugar.

Gilgal representa um rompimento com o passado de pecado e contaminação. Todos nós precisamos passar pelo Gilgal espiritual, lugar onde abandonamos a contaminação do pecado, deixamos para trás os princípios do mundo e decidimos viver os princípios de Deus.

O processo de circuncisão envolve dor, afinal, um pedaço é arrancado. A Palavra relata que eles ficaram no arraial até sararem. Assim também nós necessitamos da cobertura da congregação no processo de cura.

Aliança com Deus é circuncisão de corações, abandono das obras mortas do pecado e retirada dos princípios do mundo; é dor e cura debaixo da cobertura da congregação e festa da libertação. Que hoje possamos renovar a aliança!

2. Consciência de que Deus conhece nossas lutas (v. 13)

O verso 13 narra o encontro de Josué com o Príncipe dos exércitos do Senhor. Ele se apresenta com a espada desembainhada. Ele sabia que o momento era de guerra na vida de Josué, tanto por fora quanto por dentro. por fora combates, temores por dentro (II Co 7:5). Josué estava de pé diante da primeira cidade a ser conquistada, e ele a observava.

Muitas vezes, quando estamos diante de um desafio realmente grande aos nossos olhos, maior até do que o próprio Golias para Davi, nossa reação não é muito diferente da de Josué. Ele contemplava uma muralha tão larga que havia casas construídas sobre ela, mas o Senhor apareceu a ele e não subestimou sua batalha; pelo contrário, se apresentou pronto para ela. Ele sabia exatamente como Josué estava se sentindo diante daquelas muralhas e sabe como nos sentimos diante de nossos problemas.

Mesmo que a muralha pareça instransponível e seja algo íntimo e pessoal, Deus conhece nossa batalha. Ele não está insensível, alheio ao momento que estamos vivendo. Ele nos conhece, nos ama e está pronto para mostrar sua espada desembainhada em nosso favor.

3. Ouça o que Deus tem a dizer (v.14)

Lá estava Josué diante do Senhor dos exércitos. O que você faria se estivesse no lugar dele? Josué fez a única pergunta que realmente importava: “Que dizes o Senhor ao Teu servo?”

Evidentemente não se trata apenas de uma pergunta, mas de uma disposição a, de fato, OBEDECER toda direção que for dada por Deus, seja ela simples ou complexa, como aconteceu logo depois com as muralhas de Jericó. Por meio da obediência e da fé, Josué e todo o povo viveram um milagre.

4. Descanse em Deus (v.15)

Talvez para muitos este fosse um pedido incrivelmente inusitado: “Tire as sandálias dos pés”. Mas É interessante notar como Deus não nos fala de maneira enigmática. O Senhor nos dá instruções que sabe que compreenderemos. Todavia, às vezes, elas parecem simples demais para nós. Observe o caso de Josué: Deus não pediu a ele, em princípio, algo difícil ou gigantesco, mas uma atitude simples, com um grande sentido embutido.

Muitas vezes estamos tão ocupados esperando as grandes instruções que desprezamos as “pequenas” e nos esquecemos de que a revelação de Deus é progressiva, aumenta na medida da nossa obediência. Quem não é capaz de obedecer a “pequenas” ordens jamais será capaz de obedecer a grandes.

Tirar as sandálias tinha um sentido muito mais amplo do que o físico. Onde nós costumeiramente tiramos as sandálias? Em casa, em lugares de descanso. A proposta do Senhor a Josué foi, na verdade, de entrega e descanso, que se despojasse de sua suficiência e entregasse todo o controle a Deus. Sem os sapatos ele não poderia correr e nem mesmo lutar sem se ferir. Deveria parar, ouvir e ter sua própria experiência com Deus para exercer sua liderança.

Descansar efetivamente é algo que só se torna possível debaixo de uma profunda postura de obediência. Então Obedeça e Descanse.

Conclusão

Diante da terra, não há teoria, nem palavras; há, sim, a necessidade de uma profunda mudança de atitudes e comportamentos, uma verdadeira metanoia. Vá a Gilgal, busque a circuncisão dos sentimentos e posturas que não condizem com o novo tempo para o qual Deus tem lhe chamado. Entenda que Deus conhece o tamanho da sua luta, Ele sempre está no controle. Pare para ouvir a Deus, busque dEle as respostas, não ande agitado pelo vento para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4:14). Obedeça plenamente a cada instrução do Senhor e então descanse e confie. Nosso Deus pelejará por nós!!!



Projeto Benção em Ação

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