domingo, 15 de agosto de 2010

Série: Bem- Aventurança => PUREZA

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” Mateus 5:8


Já em nossos Estudos anteriores vimos que
- Bem-aventurados: são os pobres de espírito, são os que choram, são os mansos, os que têm fome e sede de justiça, são os misericordiosos
Hoje, estudaremos Bem-Aventurança os limpos de coração
Se houvesse apenas esta Bem-Aventurança sem as anteriores, sobre as quais já meditamos, poderíamos estar em desespero. Jesus é tão amoroso que, antes de falar de pureza de coração, Ele nos prepara com humildade de espírito, choro, mansidão, fome e sede de justiça, misericórdia.
Como pode um coração estar limpo sem humildade, sem mansidão, sem misericórdia, etc.? Vemos que é o processo de Deus para limpar nosso coração. Só por nossas próprias forças não podemos mudar nosso caráter e purificar nosso coração, porque nossa inclinação é maligna ou para o mal. Mas o Espírito de Deus pode ajudar-nos a fazer isso.
Nos dias de Jesus, muitos dos líderes religiosos, não eram “limpos de coração”. Longe disso! Eram falsos e hipócritas. Em Mateus 23, que contém uma das mais severas repreensões bíblicas contra a hipocrisia, em vez de oito bem--aventuranças, encontramos oito “ai de vós” 13, 14, 15, 16, 23, 25, 27 e 29). Ai de quem? Leiamos os versos 25 a 28:
Notemos as características daqueles fariseus hipócritas
- Eram ótimos em questões de leis e regras, mas fracos em santidade.
- Eram ótimos em questões de aparência exterior, mas fracos interiormente.
- Eram ótimos em mandamentos públicos, mas fracos em questões de obediência pessoal.
- Eram ótimos em aparência, mas fracos em realidade de vida.
- Exteriormente, pareciam “justos diante dos homens”, mas interiormente estavam “cheios de ossos”, “cheios de hipocrisia.
Mas voltemos a Mateus 5:8: “Limpos de Coração”. Jesus exalta essa virtude. O termo “limpo” contém a ideia de estar livre de contaminação, sem malícia, com intenções sinceras e honestas.

Vejamos alguns agentes poluidores do coração
1. Mundanismo
O mundanismo fala de todo um sistema idealizado e estabelecido pelo diabo no mundo, para desviar a atenção da criatura das coisas de Deus. Desta forma, ao serviço do mundanismo estão: a pornografia, a violência organizada, o mau uso dos meios de comunicação e tantos outros.
Tudo isto conspira contra o crente na sua decisão de avançar um coração puro. O apóstolo Paulo nos adverte: “Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente”. (Tito 2:12). Jesus toma como exemplo a mulher de Ló para nos advertir, dizendo: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lucas 17:32; Génesis 19:26).

2. A Impureza Sexual
O mau uso do sexo tem sido outro elemento poluidor das almas. O adultério, a prostituição e a fornicando têm-se transformado em mercadoria de primeira necessidade.
Evidentemente que não há nenhum mal no sexo, uma vez encarado e praticado dentro dos moldes divinos: o matrimónio. Àqueles que insistem em vulgarizar o sexo, diz Deus: “Venerado seja entre todos o matrimónio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hebreus 13:4).

3. A Pornografia
Pornografia é a imoralidade expressa através da palavra e da arte. A pornografia tem-se convertido numa arma quase infalível nas mãos do diabo para, através da visão e da audição, induzir homens e mulheres à promiscuidade e à imoralidade sexual.

CHAMADOS À PUREZA
Quando Deus prova o caráter de alguém, seus princípios morais, sua ética, seus padrões, sua aceitabilidade aos olhos divinos, Deus o mede segundo sua própria santidade imutável, inalterável, absoluta. Deus não está interessado em graus. A Ele só interessa o absoluto.

A expressão de Jesus “limpos de coração” tem a ver com as nossas motivações. “Do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mateus 15:19).

As áreas de pureza na vida do ser humano se desenvolvem em três níveis
1. Pureza de Motivações
a) Nível descoberto: são os nossos atos exteriores, visíveis a todos.
b) Nível encoberto: são nossos desejos, pensamentos, invisíveis aos que estão à nossa volta.
c) Abaixo da linha de fundo: nossas motivações.
Motivações corretas geram pensamentos corretos, que por sua vez geram ações corretas. (Mateus 6:5).

2. Pureza Moral
Paulo resume o anseio do coração de Deus para o seu povo nas palavras: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação... porque não nos chamou Deus para a imundície, mas para a santificação” (I Tessalonicenses 4:3, 7).
Ser puro é discordar da inclinação pecaminosa de nossa carne, lutar contra essa inclinação, é alimentar constantemente esse desejo por santificação.

3. Pureza de Consciência
Uma consciência limpa é a alegria interior e a paz de espírito que resultam de se ter acertado todos os erros pessoais com aqueles a quem se tenha ofendido No Salmo 24, versos 3 a 10, encontramos a resposta à pergunta “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?”.
Em seguida vem a resposta: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação”. O salmista fala-nos aqui de quatro condições:
1. Limpeza de Mãos (v.4)
Mãos, aqui falam de adoração através do serviço para Deus. Evidentemente que só aqueles cujas mãos estão consagradas ao serviço de Deus e à expansão do seu reino na terra entre os homens (Mateus 6:33), Deus quer “que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (I Timóteo 2:8 ).
2. Pureza de Coração (v.4)
Como sede das emoções naturais, “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso” (Jeremias 17:9). Porém, como fonte de vida de comunhão com Deus, pode ser trabalhado pelo Espírito Santo. Só os puros de coração resistirão às vis paixões carnais, sempre prontas a destruir a alma.ex José do Egito

3. Simplicidade de Alma (v.4)
Não podemos desejar um coração puro enquanto prendemos a nossa alma à vaidade.: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I João 2:16-17).
4. Veracidade de Palavra (v.4)
O homem reto não precisa de jurar para se fazer acreditar pelos outros. Como diz Tiago: “...que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação” (Tiago 5:12). A busca de uma vida de santidade é incompatível com a hipocrisia e a mentira: “Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros” (Efésios 4:25). As nossas transgressões impedem-nos de recebermos as bênçãos de Deus (Isaías 59:1-2, 12).

BÊNÇÃOS DECORRENTES DA PUREZA DE CORAÇÃO
Jesus Cristo disse: “Bem-Aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” e o apóstolo diz: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). O Salmo 24, versos 5 e 6, refere três bênçãos decorrentes da pureza de coração, por parte do crente. São elas:
1. A Bênção do Senhor (v.5)
A bênção do Senhor fala de todo o benefício divino disponível ao crente, o qual a sua alma pode absorver. Esta bênção inclui a regeneração, perdão, justificação, santificação, preservação, vitória e glorificação. Sim, “toda a boa dádiva, e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes”, tudo “segundo a sua vontade” (Tiago 1:17-18).
2. A Justiça de Deus (v.5)
A criatura que dá prioridade à busca de um coração limpo e puro, é alguém que sofre a hostilidade do mundo e a oposição do diabo, mas ele pode contar com a solidariedade e justiça de deus. Quando tudo parece perdido, ele recorre a Deus, a divina corte de apelação das causas perdidas.
3. A Face de Deus (v.6)
Não importa por quantos e por quais meios Deus seja buscado. Só os puros de coração contemplam a face de Deus (Salmo 24:6). Ver a Deus constitui, sem dúvida, o ponto máximo da Bem-Aventurança dos Limpos de Coração (Mat. 5:8 ).
Na esperança de contemplar a Deus, na sua plenitude, disse o salmista: “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; satisfazer-me-ei da tua semelhança quando acordar” (Salmo 17:15). A promessa de Cristo é que os servos limpos de coração “verão a Deus”. Um dia os limpos de coração ouvirão: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel... entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:21).

Amém

Projeto Benção em Ação

Nenhum comentário:

Postar um comentário